sexta-feira, 5 de junho de 2009

5 de junho

PROSAMIM ENCERRA A SEMANA DO MEIO AMBIENTE

Na manhã de sexta-feira, 05 de junho, o Prosamim reuniu aproximadamente 500 jovens no Largo do Mestre Chico para o encerramento da IV Semana do Meio Ambiente que mobilizou,principalmente, a comunidade beneficiária do Programa com exposições em estandes, oficinas de papel, material reutilizável e retalhos, e muita informação e diversão.

Participaram da semana o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnológica do Amazonas (IF-AM), Secretaria de Educação Estadual (SEDUC), Polícia Militar, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMMAS), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas (IDAM)), Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp), Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Corpo de Bombeiros, Universidade do Estado do Amazonas, Vara Especializada do Meio Ambiente e Questões Agrárias (Vemaqa), Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Secretaria de Fazenda (Sefaz-Am), Faculdade Martha Falcão, Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e Secretaria Estadual de Saúde (Susam), Instituto Amazônia Viva, Reifam-Cooperativa de Reciclagem e Fibras da Amazônia, Origami Manaus, Empresas Premiar e Andrade Gutierrez e Cobrape e Águas do Amazonas.

No evento de encerramento houve apresentações de música orquestrada e canto, organizadas pela Secretária de Cultura do Estado, que apresentou o trabalho do Projeto Jovem Cidadão. O palhaço alegria descontraiu os estudantes com brincadeiras e dicas ambientais.

O coordenador do Prosamim, Frank Lima, compareceu ao encerramento, juntamente com todo staff, levando ao jovens um apelo para que eles sejam multiplicadores da educação ambiental e ajudem, com exemplos, a mostrar que é desde cedo que se demonstra amor pela natureza.

Estiveram no desfecho da semana estudantes das escolas estaduais Adalberto Vale, Leopoldo Peres, Diana Pinheiro e Antonio Lucena Bittencourt -todos do ensino fundamental e com idades entre 10 e 15 anos.Ao término da manhã, os estudantes se reuniram ao redor do Igarapé Mestre Chico, no Largo construído pelo Prosamim, e deram um abraço simbólico no meio ambiente, em clima de integração e com a certeza de que, se depender das novas gerações, o futuro do planeta vai ser melhor.

Confira abaixo as ações de educação ambiental que o Prosamim vem realizando em Manaus

Ações sócio ambientais

Estas ações ambientais são associadas à manutenção do desenvolvimento socialmente integrado e do crescimento econômico ambientalmente sustentável. Isto é feito através de:

De 2006 a 2007
Escolas Itinerantes - 08 eventos de visitação a Parques, Bacias, Hortos, etc.
Campanhas de arborização -08
Semana do Meio Ambiente -04
Semana da Árvore -02
Semana da Terra -01
Semana da Água -01
Cursos Capacitação -04 (Educação Ambiental, Horta Comunitária e Jardinagem)
Oficinas -08 (Arte com PET, papel, confecção e brinquedos, puffes e sofás feitos com material reciclável)
Apresentações lúdicas -02 eventos

2008
Oficina de arte com PET 02
Oficina de reciclagem de papel 01
Oficina de fantoche 02
Oficina de PET para Natal 02

IV Curso de Noções Gerais de Meio Ambiente, Educação Ambiental e 01
Semana do Meio Ambiente 01
Semana de Proteção das Florestas 01
Semana de combate `a poluição 01
Semana da água 01
Semana da Terra 01
Semana da árvore 01
Semana de Proteção Fauna 01
Semana da Ciência e Tecnologia 01
Desfile Escolar da Pátria 01
Caminhada Ambiental da Coleta Seletiva 02
Visitas Técnicas 35
Mutirão de Limpeza 03
Distribuição de Mudas 02
Confecção de árvore de Natal (PET) 02
Escola Interativa 03

Total de pessoas atingidas só em 2008 – 17.720 pessoas

2009
Semana da Água 01
Semana da Terra 01
Filmes itinerantes 02
IV Semana do Meio Ambiente

Maiores informações
3303-0430 (Asscom/Prosamim)

terça-feira, 5 de maio de 2009

MANAUS – PERDAS AMBIENTAIS IRREPARÁVEIS

As estratégias de gestão do uso dos recursos naturais, num contexto de crescimento populacional acelerado nos centros urbanos, aliado ao crescimento econômico que dá pouca importância à questão ambiental, não têm se mostrado capazes de oferecer à sociedade as condições necessárias para a promoção do bem estar social, presente ou futuro. Nos aglomerados urbanos, e mais recentemente no campo, a qualidade de vida da população vem sendo comprometida de forma preocupante e as principais razões estão ligadas a fatores que resultam da degradação ambiental, como as perdas na agricultura, a fome, as doenças de veiculação hídrica e os prejuízos humanos e materiais decorrentes de “catástrofes naturais” (secas prolongadas, chuvas torrenciais, deslizamentos, alagações, entre outras).
A cidade de Manaus, capital do Estado do Amazonas, situada no centro da Amazônia, uma das áreas mais preservadas do planeta, já vem apresentando significativa perda da qualidade de vida de sua população devido aos efeitos da degradação ambiental. Com uma área de 11,4 mil km2 e localizada na confluência de dois dos maiores rios do mundo, o Negro e o Solimões, Manaus tem apresentando crescimento populacional superior às demais regiões do país. Para o período de 1991 a 2000 o município apresentou a taxa geométrica média de crescimento anual de 3,87%, e a sua população passou de 1 milhão de habitantes para mais de 1,5 milhão em 2000 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE). Só nos últimos 7 anos, a cidade teve um incremento, segundo projeção desse instituto de pesquisa, de aproximadamente 200 mil pessoas, passando para mais de 1,7 milhões de habitantes em 2007. A maior contribuição deve-se ao expressivo êxodo rural e às migrações inter e intra-regionais, em que um enorme contingente populacional foi estimulado, por razões econômicas e sociais, a deixarem os seus locais de origem e se estabelecerem nesta cidade, principalmente devido aos atrativos econômicos gerados pela Zona Franca de Manaus (ZFM).
Esse crescimento demográfico acelerado não foi acompanhado por investimentos suficientes em infraestrutura, especialmente sanitário e habitacional. Esse fato, combinado com a falta de controle sobre o uso e ocupação do solo, culminou com o surgimento de assentamentos informais, com moradias precárias e sem a documentação, construídas em áreas impróprias para habitação como encostas, nascentes de igarapés, barrancos e antigos depósitos de lixo.
A ocupação desordenada aliada à falta de saneamento básico e lançamento de lixo, efluentes domésticos e industriais não-tratados adequadamente, resultou na completa degradação ambiental dos cursos igarapés que entrecortam a cidade, tornando suas águas poluídas e condutoras de doenças, com leitos assoreados e drenagem deficiente.

domingo, 3 de maio de 2009

Um olhar sobre a nossa terra
Lúcio Rabelo A complexidade da Amazônia merece uma abordagem multidisciplinar, calcada no contexto histórico, sócio-ambiental, científico e tecnológico. As faces do desenvolvimento sócio-econômico desse mundo, com implicação na nossa soberania, passam pela compreensão, dentre outros, dos seguintes temas: Educação, desenvolvimento sustentável, causa indígena, turismo, seqüestro de CO2, pesca e piscicultura, gastronomia regional, êxodo rural e migração regional, emprego/desemprego das pessoas e dos bens, distribuição de renda, mercado agrícola, crédito rural, dinâmica da concentração geográfica da riqueza na Amazônia, as potencialidades econômicas regionais (florestal, mineral, agrícola e pesqueira), Zona Franca versus interiorização do desenvolvimento, os indicadores de desenvolvimento social do Amazonas comparados aos demais Estados da região, o papel das ONGs, os impactos decorrentes das tentativas de ocupar e desenvolver a região, dentre outras. Nos últimos anos tenho buscado entender o insucesso das muitas tentativas para a promoção da melhoria do bem-estar do nosso povo e o estabelecimento duradouro da nossa soberania, quando esta vem se fragilizando diante da confirmação da importância ambiental da Amazônia para o equilíbrio climático global e nos recusamos de aceitar esse fato. O reflexo se faz sentir hoje, quando parece ser elegante defender acesso a educação e o emprego para todos, além do meio ambiente, ou condenar os madeireiros e o tráfico de animais silvestres, ou apoiar a reciclagem do lixo, ou considerar marginais os invasores de terras urbanas, mas fica mesmo só o discurso - eloqüente e até pretensioso. A sociedade como um todo não age de acordo com a sua preocupação. Por exemplo, os programas veiculados nos meios de comunicação de massa se ocupam de conteúdos que nada influenciam para construção de uma sociedade justa. Quando o fazem, utilizam-se de horários propensos a baixa audiência, como os programas ecológicos e os "telecursos" das madrugadas, que são assistidos apenas pelos mais idosos, insones ou viciados em TV. Já no horário nobre ocupam-se os espaços com telenovelas ou telejornais de cunho policial, sensacionalistas, denuncistas e tendenciosos, ou ainda, programas de sorteios e brindes, além dos programas de falsos "super-heróis", onde se vibra, derramam-se falsas lágrimas e se dá pulos de alegria com a desgraça dos outros. Vale sim afirmar a máxima de que - o discurso não combina com a prática. Tem que haver algo de errado nisso! Apenas alerto que estamos errando na questão das nossas prioridades e dos nossos valores. Aqui nesta terra ocorrem doenças que já existiam quando Cristo era menino, como a hanseníase, outras que maltratam os amazonenses e também espantam turistas, como a febre amarela, a hepatite, a malária, a tuberculose, a fome, a miséria, o hábito de cheirar cola para matar a fome e a sensação de abandono, a casa que cai derrubada pela chuva. Temos coisas fabulosas: O nosso povo e a nossa riqueza natural, como ela, nada igual no mundo - O caboclo e o índio e a sua cultura, a floresta, a riqueza do subsolo, os rios, paranás, lagos, igarapés.Tudo praticamente preservado - nesse ponto a Zona Franca foi perfeita. Há ainda coisas que são incompreensíveis: A Amazônia Brasileira abriga próximo de 7% da população brasileira e tem PIB de 4% (IBGE), mas são investidos em pesquisa apenas 1% do montante que aplicado em todo o país (INPA), tendo um agravante de não sermos nós, amazônidas, quem decide o que deveria ser priorizado para buscarmos novas descobertas.